A casa amarela: Mônica Ozório

A casa amarela: Descrição do livro
Um livro de memórias brilhante, assustador e inesquecível. A Casa Amarela é um premiado romance biográfico sobre as gerações de uma família que viveram sob o mesmo teto em uma área negligenciada. Nem tudo é música em Nova Orleans, que foi devastada pelo Furacão Katrina. Dos escombros, restou a esperança de que o amor familiar pudesse reconstruir a dignidade submersa na catástrofe. Em uma narrativa sensível e ao mesmo tempo dinâmica e envolvente, a autora Sarah M. Broom toca em todas as rachaduras da casa onde cresceu junto a onze irmãos, expondo um universo marcado por desigualdades sociais, fatalidades e a vergonha internalizada de cada morador. Ao desnudar a vida de sua família, Sarah expõe a realidade das comunidades negras norte-americanas e das tragédias que marcaram o desenvolvimento de Nova Orleans, levando à compreensão de como o ecossistema urbano e as dores pessoais estão intimamente ligados. Reconhecido como um dos melhores livros do ano em várias listas de renome, como Washington Post, New York Times, The Guardian, New York Public Library, o melhor da década pelo LitHub, e livro de cabeceira de Michelle e Barack Obama.


Não consigo (ou será que a parte obscura que todos nós temos consegue apreciar isso?) imaginar um ônibus com ar-condicionado, repleto de turistas andando pelos subúrbios de New Orleans após o Katrina, vendo as casas imersas em lamas e pessoas tentando trazer de volta objetos que lembrem suas vidas. Que tipo de aquário distópico foi isso? "Excursões turísticas de tragédia que se tornaram um bom negócio após o furacão Katrina". Isso existe? Somos assim? Minhocas da vida? 
O livro não está falando do French Quarter, obvio. A escritora vai descrevendo a verdadeira Nova Orleans, onde o povo vive, ao longo de uma rodovia mortífera que marcou sua infância, com regiões chamadas de Grove, Goose e Gap, locais mais populosos e pobres. Lá se podem ver alicerces do que foram lojas e casas que não existem mais.


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