Um rio chamado tempo, uma casa chamada Terra: Vânia Damasco
Luar do chão ensina:
Morrer é uma sina!
Quem por ela se deixar ir
Acolhe a iluminação do por vir
Com sorte, pelo tempo fluir
A morte é também um nascer
Mas muitos não sabendo morrer
Caem num sono de agouros Exarcado de lutos malfeitos...
É gente que resiste a vida
Gente agarrada em medidas...
Busca acerto de contas infinitas
Assombrados de dívidas simbólicas
Num vai e vem que não vai rumina
Regurgita e engole a sofrencia
A sombra da morte recai no sujeito
É água parada, vida que não anda...
Um danado se repete ad eternum
Um rococó que busco entender
Talvez seja preciso recuar passadas Dar três passos para traz e outros... num impulso ultrapassar o limite
Na agonia puxei um fôlego de luz
Nadei contra a correnteza...
Pior que cabeça d'água, um dilúvio Virou um pesadelo de tristezas
Quase fugi daquela dureza!
Um devaneio infinito de vida-morte
Vi-me sendo cuspida para fora dali
Enfim, a dignidade me fez retornar.
O mal morrido requer luz, brisa para esvoassar e passar
As metáforas do Mia serviram de gatilhos...
Como um gato espiando meus cantos ardentes que aguardam momentos fecundos para desabrochar
Parei muitas vezes e escrevi outras tantas...
Posso sentir que não foi tão ruim assim
Maravilhosa manifestação de amor interrompido devido a impossibilidaes impostas pelas reais circunstancias vividas pelos amantes!
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